Como lidar com o calor e suor excessivo?

O calor e o suor excessivo pode ser hiperidrose, isto é, uma situação que afetam entre 1% e 5% das pessoas em geral. Além disso, o calor e o suor excessivo pode causar desconforto, mau cheiro, irritação na pele. E em casos graves, ocasiona a desidratação e até mesmo doenças mais graves, como insolação ou hipertermia.

Por isso, você sabe como como prevenir-se destas situações? Seja de exposição ao calor excessivo ou tratar o suor excessivo. Então, vamos entender estas situações para manter a saúde e o bem-estar.

O que é Insolação ou Hipertermia?

Insolação, também conhecida como golpe de calor, é uma emergência médica causada por um aumento excessivo da temperatura corporal. Então, quando a temperatura corporal atinge 40 °C (104 ºF) ou mais, o corpo não consegue mais se resfriar adequadamente e pode sofrer danos graves. A insolação é mais comum em climas quentes e úmidos, mas pode ocorrer em qualquer lugar.

Já a hipertermia, além dos sintomas de insolação, é principalmente a falha no sistema de resfriamento do corpo, causada por uma condição médica que impede o corpo de se resfriar adequadamente. Por isso, ela pode acontecer em pessoas com doenças cardíacas, pulmonares ou neurológicas.

No entanto, os fatores de risco para ambas as situações incluem:

• Exposição excessiva ao sol
• Atividade física intensa em clima quente
• Beber pouca água
• Uso de roupas pesadas ou justas
• Doenças crônicas, como doenças cardíacas, pulmonares ou neurológicas

Sintomas da insolação ou hipertermia e prevenção

Os sintomas da insolação ou hipertermia podem aparecer gradualmente ou repentinamente e incluem: Dor de cabeça, Tontura, Náusea, Pele quente e seca, Pulso rápido e Respiração rápida. Porém, se não forem tratados, os sintomas podem piorar e incluir: Confusão mental, Convulsões e Perda de consciência.

O tratamento deve ser imediato. Então, a pessoa deve ser levada para um local fresco e ventilado e deve ser resfriada com água fria ou um pano úmido. Mas também é importante oferecer à pessoa líquidos para beber. Pois em casos graves, a pessoa pode precisar de tratamento médico, como hidratação intravenosa ou medicamentos para reduzir a temperatura corporal.

Desse modo, a prevenção é importante, e estas dicas podem ajudar:

• Evite a exposição ao sol nos horários mais quentes do dia (entre 10 e 16 horas).
• Use roupas leves e de cores claras.
• Use chapéu e óculos escuros para proteger a cabeça e os olhos.
• Beba bastante água, mesmo se não estiver com sede. Saiba mais sobre como beber água em nosso artigo.
• Evite bebidas alcoólicas e cafeína, que podem causar desidratação.

Se você estiver em um local quente e úmido, fique atento aos sinais de insolação. Se notar algum desses sinais, procure um local fresco e ventilado e procure ajuda médica imediatamente.

O que pode ser a causa do calor e suor excessivo?

O suor é um líquido transparente e inodoro produzido pelas glândulas sudoríparas da pele. É composto principalmente de água, mas também contém sais minerais, como cloreto de sódio e potássio.

Em situações comuns, o ato de transpirar, suar ou a sudorese, é um processo natural que ajuda a regular a temperatura corporal. Quando a temperatura corporal aumenta, o corpo libera suor para ajudar a dissipar o calor. Já em casos que existe o calor e suor excessivo, eles podem ter várias causas, porém tanto internas quanto externas.

Fatores internos:

• Alterações hormonais, como na menopausa, na gravidez ou no hipertireoidismo.
• Obesidade, que aumenta a produção de calor e dificulta a perda de calor pelo corpo.
• Estresse, ansiedade ou nervosismo, que ativam o sistema nervoso simpático e estimulam as glândulas sudoríparas.
• Certos medicamentos, como antidepressivos, anticolinérgicos, diuréticos e beta-bloqueadores.
• Doenças infecciosas, como gripe, tuberculose ou malária.
• Doenças genéticas, como a hiperidrose primária, que causa suor excessivo sem motivo aparente.

Fatores externos:

• Temperaturas elevadas, que aumentam a demanda de resfriamento do corpo.
• Umidade alta, que dificulta a evaporação do suor e impede o resfriamento do corpo.
• Roupas inadequadas, que impedem a ventilação da pele ou que são feitas de tecidos sintéticos que não absorvem o suor.
• Atividade física intensa, que eleva a temperatura corporal e a frequência cardíaca.

Como acabar com o suor excessivo no corpo todo (hiperidrose)?

Primeiramente, antes de acabar com o suor excessivo no corpo todo, é preciso entender que a hiperidrose é uma condição médica que causa transpiração excessiva, mais do que o necessário para regular a temperatura corporal. Pode afetar qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas mãos, nos pés, nas axilas e na testa. Até mesmo quando a pessoa está em repouso, à noite e em temperaturas frias, e por isso, interfere nas atividades diárias como escrever, dirigir ou cumprimentar as pessoas.

Além disso, existem dois tipos principais de hiperidrose:

• Hiperidrose primária: É uma condição crônica que não está associada a nenhuma outra doença. Geralmente começa na infância ou adolescência e pode ser hereditária.

• Hiperidrose secundária: É causada por outra condição médica, como menopausa, hipertireoidismo, infecções ou tumores.

O diagnóstico da hiperidrose é feito por um médico, que irá examinar a pessoa e perguntar sobre os sintomas. Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de sangue ou outros testes para descartar outras condições médicas.

Como não suar no calor?

Como vimos, anteriormente, o suor é um processo natural que ajuda a regular a temperatura do corpo. Então, como não suar no calor, nas maioria dos casos, não é possível. Porém podemos diminuir e prevenir-se das altas temperaturas dos verão ao adotar algumas medidas que podem ajudar, isto é:

• Beber bastante água, para manter a hidratação e regular a temperatura corporal.
• Usar roupas leves, soltas e de cores claras, preferencialmente de algodão ou linho, que permitem a respiração da pele e a evaporação do suor.
• Evitar exposição direta ao sol, especialmente nos horários mais quentes do dia.
• Usar protetor solar, chapéu e óculos de sol, para proteger a pele dos raios ultravioleta.
• Procurar ambientes frescos e ventilados, como locais com ar-condicionado ou ventilador.
• Evitar alimentos picantes, gordurosos ou muito quentes, que aumentam a produção de calor e de suor.
• Evitar bebidas alcoólicas ou cafeinadas, que desidratam o corpo e estimulam as glândulas sudoríparas.
• Controlar o estresse, a ansiedade e o nervosismo, por meio de técnicas de relaxamento, meditação ou terapia.

Como tratar a hiperidrose? (o calor e suor excessivo)

O tratamento da hiperidrose depende do tipo e da gravidade da condição. Se mesmo com as medidas preventivas o calor e o suor excessivo persistirem ou se tornarem um problema para a qualidade de vida da pessoa, ainda existem alguns tratamentos que podem ajudar.

• Tratamentos tópicos: Uso de antitranspirantes ou desodorantes específicos para reduzir ou eliminar o odor do suor. Os antitranspirantes contêm substâncias que bloqueiam temporariamente os poros das glândulas sudoríparas, enquanto os desodorantes contêm substâncias que combatem as bactérias que causam o mau cheiro.
• Uso de talcos, cremes ou loções que absorvem o suor e mantêm a pele seca.
• Tratamentos medicamentosos: Uso de medicamentos orais ou tópicos que inibem a ação das glândulas sudoríparas, como anticolinérgicos, clonidina ou glicopirrolato. Esses medicamentos devem ser prescritos por um médico e podem ter efeitos colaterais, como boca seca, visão turva, constipação ou tontura.
• Aplicação de toxina botulínica (botox) nas áreas afetadas pelo suor excessivo, como axilas, mãos, pés ou rosto. A toxina botulínica bloqueia temporariamente a transmissão nervosa para as glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor por até seis meses. Esse tratamento deve ser feito por um médico especializado e pode causar dor, inchaço ou hematomas no local da aplicação.
• Tratamentos cirúrgicos: Cirurgia para remover ou destruir as glândulas sudoríparas ou os nervos que as controlam. Essa é uma opção mais invasiva e definitiva, que só deve ser considerada em casos extremos e com orientação médica. A cirurgia pode ter complicações, como infecção, sangramento, cicatriz ou suor compensatório em outras partes do corpo.

Espero que este artigo seja útil para você. Obrigado por ler o nosso conteúdo. 😊

Fontes:

1. uol.com.br 2. summitsaude.estadao.com.br 3. saudelab.com 4. otempo.com.br 5. Hospital Albert Einstein – Dr. Alexandre Kaup, neurologista​