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7 mitos da alimentação saudável

7 mitos da alimentação saudável

Apresentamos os 7 mitos da alimentação saudável. Porém, a busca por uma alimentação saudável é uma preocupação constante de muitas pessoas, que desejam manter uma boa saúde e prevenir doenças. No entanto, existem muitos mitos e informações conflitantes sobre o que é considerado uma alimentação saudável.

A alimentação saudável é um tema muito discutido e pesquisado nos últimos anos, mas ainda existem muitos mitos e verdades distorcidas sobre esse assunto. Por isso, é importante conhecer as informações corretas e baseadas em evidências científicas para ter uma alimentação saudável e equilibrada.

Neste artigo, iremos abordar alguns dos mitos mais comuns e separá-los da realidade, com base em evidências científicas.

Mito #1: Comer carboidratos engorda

Uma das maiores crenças populares é que consumir carboidratos é uma das principais causas de ganho de peso. No entanto, a verdade é que uma fonte essencial de energia para o corpo humano são os carboidratos.

o corpo. Além disso, existem muitos tipos de carboidratos, e alguns são mais saudáveis do que outros. Por isso, as fontes de carboidratos complexos, como grãos integrais, frutas e vegetais, são ricas em fibras e nutrientes, e podem ser uma parte saudável e importante de uma dieta equilibrada.

Por exemplo, um estudo realizado em 2018 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que uma dieta com alto teor de carboidratos complexos, como pães integrais, cereais, frutas e vegetais, pode ser benéfica para o controle de peso e para a saúde cardiovascular (1).

Mito #2: Comer gordura é ruim para a saúde

Outro mito é que consumir gordura é prejudicial à saúde. Embora a gordura saturada em excesso possa contribuir para o aumento do colesterol e doenças cardíacas, as gorduras insaturadas, como as encontradas em nozes, sementes e peixes, são essenciais para uma dieta saudável. Além disso, estudos recentes sugerem que a dieta cetogênica, que é rica em gorduras saudáveis e pobre em carboidratos, pode ter benefícios para a saúde, incluindo a perda de peso e a melhoria do controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2 (2).

Mito #3: O glúten é prejudicial à saúde

Nos últimos anos, a dieta sem glúten tem se tornado cada vez mais popular, muitas vezes por razões de saúde. No entanto, a verdade é que apenas uma pequena porcentagem da população realmente precisa evitar o glúten. Porque o glúten é uma proteína encontrada em trigo, cevada e centeio, e pode ser prejudicial para pessoas com doença celíaca, sensibilidade não celíaca ao glúten ou alergia ao trigo.

Para a maioria das pessoas, no entanto, o glúten não representa um risco à saúde e, na verdade, muitos alimentos que contêm glúten, como grãos integrais, são ricos em nutrientes importantes. Além disso, um estudo publicado em 2017 na Revista Brasileira de Nutrição Esportiva (3) apontou que a maioria dos atletas que adotam a dieta sem glúten o fazem por razões nutricionais e não por necessidades médicas.

Mito #4: Alimentos orgânicos são sempre mais saudáveis

Os alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de agrotóxicos e pesticidas, o que pode levar muitas pessoas a acreditar que são sempre mais saudáveis do que os alimentos convencionais. No entanto, a verdade é que nem sempre é o caso.

Por exemplo, uum estudo realizado em 2012 pelo Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas (CTAB) da Universidade de São Paulo (USP) comparou os nutrientes de alimentos orgânicos e convencionais e descobriu que não havia diferença significativa na qualidade nutricional entre eles (4).

No entanto, os alimentos orgânicos podem ter benefícios ambientais, uma vez que sua produção é menos prejudicial ao meio ambiente e pode contribuir para a sustentabilidade agrícola.

Mito #5: Suplementos alimentares são sempre benéficos

Suplementos alimentares, como vitaminas e minerais, são frequentemente recomendados como uma maneira de garantir que se esteja recebendo os nutrientes principais para promover uma boa saúde. No entanto, muitas vezes, eles são considerados como uma solução milagrosa para diversos problemas de saúde, o que não é verdade.

Por exemplo, um estudo publicado em 2018 no Journal of the American College of Cardiology (5) concluiu que o uso de suplementos vitamínicos e minerais não mostrou benefícios significativos na prevenção de doenças cardiovasculares ou morte.

Além disso, alguns suplementos podem ter efeitos colaterais e interações com medicamentos. Portanto, antes de qualquer coisa, é importante buscar a orientação de um profissional de saúde.

Mito #6: Comer a cada 3 horas acelera o metabolismo e ajuda a emagrecer

Verdade: Não existe um padrão único de alimentação que funcione para todas as pessoas. Algumas pessoas podem sentir fome com mais frequência, enquanto outras podem ficar mais tempo sem comer. Por isso, o importante é consumir alimentos saudáveis e em quantidades adequadas para suas necessidades individuais, sem exageros.

Mito #7: Comer carboidratos à noite engorda

Verdade: O horário em que se consome os carboidratos não é um fator determinante para o ganho de peso. Porém, o que importa é a quantidade total de calorias ingeridas durante o dia e a qualidade dos alimentos consumidos. Por isso, carboidratos integrais, como arroz integral, quinoa, batata-doce e pão integral, são opções saudáveis e podem ser consumidos em qualquer horário do dia.

Conclusão

Ao buscar uma alimentação saudável é importante estar atento aos mitos e informações enganosas que circulam por aí. Por isso, é preciso basear as escolhas alimentares em evidências científicas sólidas e em uma dieta equilibrada e variada. Contudo, esses são apenas alguns exemplos de mitos e verdades sobre alimentação saudável. Sendo assim, é importante lembrar que cada pessoa é única e tem necessidades nutricionais individuais. Portanto, o ideal é procurar a orientação de um nutricionista para adequar a alimentação às suas necessidades e objetivos de saúde.

Referências:

  1. Pereira de Sousa, L., & da Costa, T. H. M. (2018). Low carbohydrate diets: A risky recommendation for weight loss?. Clinics, 73.
  2. Paoli, A., Rubini, A., Volek, J. S., & Grimaldi, K. A. (2013). Beyond weight loss: a review of the therapeutic uses of very-low-carbohydrate (ketogenic) diets. European Journal of Clinical Nutrition, 67(8), 789-796.
  3. Ferreira, R. D. S., & Oliveira, G. S. (2017). Análise da dieta sem glúten adotada por atletas. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 11(61), 358-363.
  4. Costa, N. M. B., & Silva, M. A. A. P. (2012). Organic foods and nutritional quality: a systematic review. Revista de Nutrição, 25(3), 387-399.
  5. Jenkins, D. J. A., Spence, J. D., Giovannucci, E. L., Kim, Y. I., Josse, R., Vieth, R., … & Patel, D. (2018). Supplemental vitamins and minerals for CVD prevention and treatment. Journal of the American College of Cardiology, 71(22), 2570-2584.
  6. Academy of Nutrition and Dietetics. Myth vs. Fact: Exploring common nutrition misconceptions. Acesso em 12 de março de 2023.
  7. Freire R. Mitos e verdades sobre alimentação saudável. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. 2017; 11(66): 28-34.